Prólogo: Lembrada
Uma garota loira corria por uma rua deserta, no meio da noite, sendo perseguida por 3 buscadores. Ela sabia que não teria jeito, que aquele era o fim dela, mas não estava preocupada com isso. Seu irmão havia pedido ou melhor, implorado para ela não ir, para ficar no esconderijo, cuidando do pequeno Henrie, ele podia pegar comida para os três sozinho, mas com sua teimosia ela tentou o seguir, deixando o bebê sozinho na caverna. Claro, ela não era rápida suficiente, e suas forças já estavam acabando, há muito tempo não comia nada. Em outra circunstância ela não desistiria tão fácil, mas naquele momento ela já não podia mais correr. Entrou em um prédio que estava muito iluminado e pegou o elevador, indo até o último andar, chorando pegou um papel e uma caneta da bolsinha que carregava e com uma caligrafia feia e rápida escreveu “Eu amo vocês, muito, mas não tive escolha, Me Desculpe.” Então escondeu o papel em um canto do prédio, junto com a bolsa e correu até a beira, pulando do 19º andar do edifício.
_ Vai demorar muito ainda para ela acordar? _ Perguntou uma voz masculina forte.
_ Não muito, pelos batimentos cardíacos ela já deve Ter se lembrado, mas ainda precisa se acostumar com o corpo, mas alguns minutos só._ Falou uma voz doce e calma.
_ Quanto tempo normalmente leva para encontrarmos e conectarmos em todas as articulações do corpo hospedeiro? _ Perguntou a primeira voz.
_ Depende um pouco da alma em questão, as menos experientes, que visitaram cerca de 2 ou 3 mundos apenas, levam cerca de 25 minutos, já as mais experientes, que visitaram 5 ou 6 mundos cerca de 15 minutos. Essa alma em questão está completando o 10º mundo, então não deve demorar mais de 5 minutos.
_ Um... Qual o motivo em especial de terem escolhido essa alma para esse hospedeiro?
_ Acreditamos que ela por ser forte possa se lembrar de algum esconderijo que essa hospedeira tenha encoberto por muito tempo. Ah! Olhe ela está acordando.
De fato, ela estava. Ela sentia algo macio e fofo debaixo da cabeça, e os cheiros invadiam as narinas da menina loira, Rosalie. Não. Eu era Cristais Brilhantes a Luz da Lua no corpo de Rosalie, eram MINHAS narinas, MINHA cabeça, esse era o meu novo corpo.
Tentei abrir meus olhos, e uma luz forte quase me cegou.
_ Ah! Me desculpe. _ Falou a voz da mulher. _ Melhor? _ Perguntou quando a claridade diminuiu, eu abri os olhos e procurei minha voz para responder.
_ Claro, muito obrigada. _ Me surpreendi ao ouvir o som de minha voz, bela, parecia de uma cantora, serena, calma e muito bonita.
_ Um, tudo indica que você está bem, já se conectou totalmente com o corpo hospedeiro. Eu sou a curandeira Rosas Amarelas ao Meio Dia, ou Renata, esse é Som do Canto Solar, ou Samuel, um estagiário aqui da instalação de cura.
_ Prazer, eu sou Cristais Brilhantes a Luz da Lua, mas me deram um novo nome ao vim para cá. Mary Alice? _ Perguntei me sentando na cama onde estava apoiada.
_ Sim, é o que consta em sua ficha, Mary Alice Brandon. _ Falou a curandeira, e eu assenti, era bonito o nome.
O que você faz dentro do meu corpo?
Esse pensamento não foi meu! O que esta acontecendo comigo?
Não! Eu não consigo controlar meu corpo! O que você fez comigo? Lacraia nojenta!
Quem é você? Esse é meu corpo agora!
Seu corpo uma ova! Essa sou eu! Rosalie Hale!
Você não devia estar aqui!
Você que não devia!
_ Mary Alice? Cristais Brilhantes a Luz da Lua? Tudo bem? _ Perguntou Renata. Por algum motivo eu não quis falar sobre Rosalie.
_ Claro, só estou me acostumando com minha nova hospedeira. _ Não era mentira.
_ Ah claro! Bem, aqui está o endereço de seu novo apartamento, e a chave do seu novo carro, se sentir bem para dirigir você pode ir agora, amanha um buscador passará na sua casa para conversar com você.
_ Muito obrigada! _ Falei pegando o papel e as chaves e seguindo em frente para o que seria minha nova vida de hoje em diante.
SUA nova vida? Não! Você vai devolver meu corpo!
Esse corpo não é mais seu! Então por favor desista!
NUNCA!
Então eu vou fazer você desistir!
Não seria fácil faze-la desistir, mas eu conseguiria! Se eu não o fizesse, ninguém faria!
